Agronomia ou engenharia agronômica é, dentro das ciências agrárias, um campo multidisciplinar que inclui sub-áreas aplicadas das ciências naturais ( biológicas), exatas, sociais e econômicas que trabalham em conjunto visando aumentar compreensão da agricultura
e melhorar a prática agrícola, por meios de técnicas e tecnologias, em
favor de uma otimização da produção, do ponto de vista econômico,
técnico, social e ambiental. No Brasil a profissão de agronomia é regulamentada pelo Confea - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e fiscalizada pelos Conselhos Regionais, instalados em cada estado.
Área de Atuação: A engenharia agronômica produz pesquisas e desenvolvem as técnicas
que melhoram os resultados da agricultura como, por exemplo, manejo de irrigação, quantidade ótima de fertilizantes, maximização da produção em termos de quantidade, melhoria da qualidade do produto, seleção de variedades resistentes à seca, doenças e pragas, desenvolvimento de novos agrotóxicos, modelos de simulação de crescimento de colheita, técnicas de cultura de células in vitro.
Elas estudam também a transformação de produtos primários em produtos
finais de consumo como por exemplo a produção, preservação e embalagem
de produtos lácteos e a prevenção e correção de efeitos adversos ao
ambiente (e g., degradação do solo e da água), ou seja, estuda a interação do complexo homem, planta, animais, solo, clima, causa e efeito. As pesquisas agronômicas, mais que as de outros campos, estão
fortemente relacionadas ao local em que são realizadas. Fato semelhante
ocorre com as técnicas derivadas dessas pesquisas. Assim, esse campo pode ser considerado uma ciência de eco-regiões
porque está ligado a características locais de solo e clima que nunca
são exatamente iguais nos diferentes lugares geográficos. Os sistemas
agrícolas de produção devem levar em conta características como clima, local, solo e variedades de plantas e animais
de produção que precisam ser estudados a nível local. Outros sentem que
é necessário entender os sistemas de produção de uma forma generalizada
de maneira que o conhecimento obtido possa ser aplicado ao maior número
de locais possíveis. Os engenheiros Agrônomos atuam de forma eclética e integrada nas atividades rurais, como horticultura, zootecnia, engenharia rural, economia, sociologia e antropologia rurais, ecologia agrícola, etc.
Tecnologia: Atualmente, as ciências agrícolas são muito diferentes das de antes
de 1950. A intensificação da agricultura que desde a década de 1960 vem
sendo realizada por muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento é
frequentemente denominada revolução verde. Esta intensificação tem-se baseado na seleção genética
de variedades de plantas e de animais capazes de alta produtividade e
no uso de insumos artificiais como fertilizantes e produtos que visam
aumentar a produção através do aumento da sanidade dos vegetais e
animais utilizados. Por outro lado, o dano ambiental que esta
intensificação da agricultura vem causando (associado ao dano que o
desenvolvimento industrial e o crescimento populacional que essa
intensificação permite) estão levando muitos cientistas a criar novas
técnicas como o manejo integrado de doenças e de pestes, técnicas de
tratamento de dejetos, técnicas de minimização de desperdício, arquitetura da paisagem. Além disso, campos como os da biotecnologia e da ciência da computação
(processamento e armazenagem de dados) estão tornando possível o
progresso e o desenvolvimento de novos campos de pesquisa, como a
engenharia genética e a agricultura de precisão. Desta maneira, atualmente os pesquisadores que trabalham em ciências
agrícolas e nas ciências a ela associadas equacionam o problema de
alimentar a população do mundo ao mesmo tempo em que previnem a
ocorrência de problemas de biossegurança que possam afetar a saúde
humana e o ambiente. Este é o motivo pelo qual eles buscam promover um
melhor manejo de recursos naturais e do respeito ao ambiente. Os aspectos sociais, econômicos e ambientais são temas que estão em
debate atualmente. Crises recentes, como a doença da vaca louca (encefalopia espongiforme bovina) e o debate sobre o uso de organismos geneticamente modificados ilustram a complexidade e importância deste debate.
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